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Ouvidas primeiras testemunhas do processo que apura a morte de cineasta

20 de maio de 2014

O 1º Tribunal do Júri da Capital realizou nesta última segunda- feira, dia 19, a primeira audiência de instrução e julgamento do processo que apura o assassinato do cineasta e documentarista Eduardo Coutinho. Daniel Oliveira Coutinho, filho da vítima, foi preso em flagrante e responde por homicídio qualificado.

A primeira testemunha foi Maria das Dores Oliveira Coutinho, mãe do acusado. Bastante emocionada e sob alegação de constrangimento, pediu ao juiz Fabio Uchôa que retirasse o filho da sala de sessão durante o seu depoimento.  Maria das Dores contou que, na manhã do dia 02 de fevereiro deste ano, logo após acordar, Daniel a atacou pelas costas, desferindo uma facada contra seu seio esquerdo. Ao fugir pelo apartamento, gritou por socorro, até trancar-se no banheiro. Eduardo Coutinho, que ainda dormia, teria percebido a movimentação e acordou, indo interpelar o filho, questionando o seu ato. Foi a última vez que viu o marido com vida.

“Ouvi o Daniel dizer que tinha, enfim, encontrado a solução para aquela situação que estávamos vivendo em casa”, contou Maria das Dores. Indagada pela promotoria do Ministério Público, ela contou que a convivência da família tinha piorado muito desde que Eduardo Coutinho adoeceu, ano passado, vítima de nódulos no pulmão. Mesmo com a saúde fragilizada, o cineasta insistia em sair de casa, o que era motivo de brigas e discussões violentas com o filho. Maria das Dores admitiu que o convívio com Daniel era muito difícil, sendo o mesmo usuário de entorpecentes.

Ana Beatriz Aguiar, vizinha da família, foi a segunda testemunha a depor e disse que Daniel Coutinho, muito calmo, foi a seu apartamento procurar ajuda para chamar uma ambulância. A terceira testemunha, Milton Bittencourt de Freitas, marido de Ana Beatriz, disse que desceu até à portaria para chamar os bombeiros. Ressaltou que Daniel sempre foi muito educado, discreto, mas de pouca conversa e muito reservado. O policial militar Izaílton Bezerra de Santana também depôs como testemunha de acusação.

Pela defesa, Rita Maria da Silva, tia de Daniel, contou que o acusado não tem vida social, é muito quieto e não interage sequer com as pessoas que frequentavam o apartamento da família. Disse, ainda, que o mesmo chegou a ser encaminhado para tratamento psiquiátrico com um médico amigo de Eduardo Coutinho. O pai, inclusive, depois de uma grave discussão com o filho, teria pedido à Rita que o levasse embora para uma casa na praia de Mauá, município de Magé, na Baixada Fluminense.

No fim da audiência, o juiz Fabio Uchôa deferiu o pedido da defesa determinando a realização de incidente de insanidade mental do réu. Ainda serão ouvidas, no dia 02 de junho, às 14 hs, as testemunhas José Roberto do Nascimento, porteiro do prédio em que ocorreu o crime, e Ricardo Barbosa, delegado da Divisão de Homicídios da Polícia Civil do RJ.  Pedro Oliveira Coutinho, irmão de Daniel, será ouvido em Petrópolis, onde reside.

Processo: 0034521-75.2014.8.19.0001

FONTE: TJ-RJ


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